segunda-feira, 24 de setembro de 2012

DIGITALIZAÇÃO DE ACERVO (Trabalhadores gráficos)

O historiador Nauber Gavski da Silva, Doutorando do PPGHIST da UFRGS, concluiu no início deste mês de setembro a digitalização do Acervo Documental do Sindicato dos Trabalhadores Gráficos de Porto Alegre, que se constitui em importantíssima referência para novas pesquisas sobre o mundo do trabalho no Rio Grande do Sul e no Brasil.


Segundo Nauber, o acervo “possui atas de assembleias e de reuniões da direção sindical, das quais fotografei o período entre 1929-1966 (praticamente sem lacunas). Também há livros de presenças nas reuniões (com lacunas, até 1979) e alguns informativos/periódicos (com lacunas, entre 1947-1971). Eles possuem mais material, mas que não foi digitalizado (como registros de associados, com ocupação, empresa etc.)".

Como o acervo ainda não foi disponibilizado online, quem quiser consultar e pesquisar a documentação deve se dirigir à sede do Sindicato dos Trabalhadores Gráficos de Porto Alegre, na rua Veador Porto, 241. Mais informações podem ser acessadas no SITE do sindicato.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL ESTADOS AMERICANOS (SIEA)

O VI SIEA - Simpósio Internacional Estados Americanos: pesquisas acadêmicas contemporâneas, entre 22 e 26 de outubro de 2012, será sediado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com organização do Programa de Pós-graduação em História da instituição em uma parceria com diversas universidades, entre elas a UPF, PUC-RS, UnB, UFPel, UFF e PUC-SP.

As inscrições de trabalhos para os simpósios temáticos acontece até o dia 30 de setembro e demais informações (como as normas para confecção do artigo) podem ser acessadas através do download da segunda circular do evento AQUI ou a partir do e-mail visiea2012@gmail.com.


A Profa. Dra. Isabel Bilhão (UPF), integrante do GT Mundos do Trabalho da ANPUH-RS, em parceria com o Prof. Dr. Aldrin Castellucci (UNEB), coordenarão o simpósio intitulado Do regional e nacional ao transnacional: as pesquisas contemporâneas sobre os mundos do trabalho, cujo resumo da proposta pode ser conferido abaixo.

"A história do trabalho passou por mudanças profundas e importantes nas três últimas décadas. Ela deixou de ser um campo muito restrito no qual as pesquisas eram centradas principalmente na realidade de São Paulo durante a Primeira República, e atendeu ao apelo para que fossem feitos estudos sobre outros períodos históricos e acerca das demais cidades e regiões do Brasil. A partir de então, inúmeros trabalhos foram realizados sobre trabalhadores dos mais diversos tipos, submetidos a diferentes estatutos jurídicos e condições sociais de norte a sul do país, antes da abolição formal da escravidão (1888) e depois de 1930. Além disso, mais recentemente, observou-se que há fenômenos que extrapolam as fronteiras dos Estados Nacionais e podem ser explicados em toda a sua complexidade quando analisados em uma perspectiva transnacional. Além dos temas clássicos da história do movimento operário (os sindicalismos de matriz reformista, revolucionário e outros, as greves e as ideologias de protesto social como os socialismos e os anarquismos), o presente simpósio temático propõe-se a congregar discussões sobre os diferentes enfoques relacionados às vivências no interior dos mundos do trabalho, tanto em âmbito nacional quanto internacional, nos  espaços rurais e urbanos, abarcando o período escravista e o pós-abolição, na experiência brasileira e dos demais recortes temporais pertinentes aos diferentes casos nacionais. Pretende-se analisar a interface entre trabalho e circulação de ideias e militantes, as construções identitárias cruzando trabalho, etnia, nação e gênero, as relações de poder, negociação, resistência e conflito, as manifestações culturais, o lazer e as relações familiares. Serão bem vidas comunicações que tratem de temáticas tanto a partir de estudos de caso, quanto de análises comparativas sobre diferentes casos nacionais".

FRONTEIRAS E IDENTIDADES

Acontece de 25 a 28 de setembro de 2012, na Universidade Federal de Pelotas - RS, o I Encontro Internacional Fronteiras e Identidades. Com inscrições para apresentação de trabalhos nos simpósios temáticos e pôsters até o dia 13 de agosto, será o primeiro evento internacional organizado pelo Programa de Pós-Graduação em História da UFPel, congregando pesquisadores brasileiros, latino-americanos e europeus em torno da temática "fronteiras e identidades", área de concentração do mestrado em História da instituição.


Além das conferências e mesas redondas, a programação inclui 23 simpósios temáticos que abordarão a diversidade de pesquisas e facetas de áreas específicas do conhecimento histórico no diálogo com o tema central do evento. Entre os simpósios, destacamos o de número 19, intitulado O Mundo do Trabalho em perspectiva histórica, coordenado pelas professoras doutoras Beatriz Ana Loner e Gláucia Konrad, ambas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Confiram abaixo o resumo da proposta:

"Este simpósio pretende congregar pesquisas sobre trabalho em perspectiva histórica, ou seja, referentes ao trabalho e trabalhadores, seja como  patrões, senhores, empregados, escravos, operários e artesãos, ou até mesmo empresários, ao longo dos últimos cinco séculos, tendo por base o seu vínculo com o trabalho, ou que envolvam manifestações culturais, políticas ou sociais originadas da inserção na esfera produtiva de alguma forma.
Assim, o simpósio está aberto a estudos sobre mobilizações e lutas coletivas, projetos individuais de vida, estudo de trabalhadores segundo o gênero ou etnia, formas de relacionamento e resistência do trabalhador, biografias, lazer, recreação e manifestações culturais variadas. Ainda estão incluídos estudos sobre instituições e organizações,  como sindicatos, centrais sindicais, clubes, associações empresariais ou operárias, partidos e correntes políticas cujo apelo seja dirigido especificamente aos trabalhadores.
Por outro lado, as mais modernas pesquisas sobre o trabalho, tem-se dedicado a avaliar de forma integrada tanto o trabalhador livre quanto o escravo,  e, dessa forma, serão bem vindas todo o tipo de pesquisas que tratem da transição de uma forma de trabalho a outro, ou dos limites da liberdade do agente do trabalho em cada período histórico". (Disponível em: http://www.ufpel.edu.br/ich/eifi/sts/st19.html)

Para mais informações sobre o evento e sobre as inscrições, acessem o sítio eletrônico do encontro AQUI.

terça-feira, 6 de março de 2012

ATA DA REUNIÃO DO GT-MUNDOS DO TRABALHO – 03/03/2012

A reunião do Gt-Mundos do Trabalho começou perto das 14hs e 15min, com a presença dos seguintes colegas: Melina Perussatto, Benito Schmidt, Ícaro Bitencourt, Sarah Calvi, Beatriz Loner, Silvia Petersen, José Carlos Cardozo, Alisson Droppa, Rafael Linck, Thiago Araújo, Frederico Bartz, Nauber Gavski, Regina Xavier e Jônatas Caratti.

A pauta da reunião foi a seguinte: breve relato das VI Jornadas do Gt Mundos do Trabalho, em Santa Maria; Proposta de simpósios temáticos do Gt para o XI Encontro Estadual de História e assuntos gerais (Sugestões da Professora Silvia Petersen, indicações para próxima gestão do Gt, 2012-2014 e relato do Prof. Benito sobre a questão do salvamento de acervos documentais).

Inicialmente, os colegas Benito, Jônatas, Beatriz, Alisson e Nauber, comentaram a respeito das jornadas do Gt em Santa Maria. O colega Thiago apresentou a ideia para esta e a próxima gestão de que nas próximas jornadas haja um tempo maior para a inscrição e confecção dos artigos que serão apresentados. Sobre o formato das jornadas, Benito opinou que os coordenadores devem arriscar algo para o próximo encontro, em 2013. Segundo Benito, seria interessante substituir as conferências/mesas-redondas por debates mais abertos sobre um tema, buscando articular e aprofundar questões surgidas durante os ST’s. A professora Beatriz também contribuiu sobre a questão. Por fim, foi colocado a necessidade de organizar as jornadas com mais antecedência, partindo já do próximo encontro, em julho de 2013, em Rio Grande.

Em seguida, iniciou-se um debate sobre o formato da proposição dos simpósios para o Encontro Estadual de História. A ideia era avançar no que se refere à dicotomia trabalho escravo – trabalho livre. A professora Beatriz propôs um simpósio, junto com o professor Paulo Moreira, sobre “Protagonismo negro”, focando o trabalho escravo e livre, negro. O simpósio foi incorporado como sendo do Gt-Mundos do Trabalho e, posteriomente, foi criado um segundo simpósio: Trabalhadores e trabalhadores como objeto: questões teóricas e metodológicas nas pesquisas recentes. Segundo sugestão da professora Silvia Petersen, a ideia deste último simpósio proposto é “congregar trabalhos que discutam em suas pesquisas aquilo que considerem questões teóricas e, também, os caminhos de sua pesquisa”.

Antes da realização da reunião do Gt, a professora Silva Petersen também enviou um e-mail à coordenação com algumas sugestões. Creio que várias de suas sugestões foram incorporadas nas próprias discussões sobre os simpósios propostos pelo Gt-Mundos do Trabalho. No entanto, é importante elencarmos as questões enviadas aqui: 1 – Porque os simpósios do GT (e não só os do nosso GT), apesar de apresentarem propostas específicas de temas, acabam por ficar bastante indiferenciados se observamos o elenco de comunicações neles inscritas? / 2 - Porque as comunicações frequentemente “desconhecem” e quase sempre apenas tangenciam os temas dos respectivos simpósios?

Prosseguindo: 3 - Porque há tantas comunicações sobre o tema do nosso GT apresentadas fora dos simpósios que oferecemos? Por que nossos simpósios não atraem estes trabalhos? Onde estamos falhando para que eles não se sintam contemplados? 4 - Porque pouco se avançou na intenção de integrar mais os estudos sobre o trabalho escravo com o livre, sobre o pré e o pós- abolição, sobre os cortes cronológicos relativos a estas questões etc? 5 - O que fazer para que os projetos de pesquisa de ME e DO não venham para a apresentação na expectativa de obterem dos assistentes uma espécie de “sessão de orientação” e sim venham como contribuições para o tema em pauta.

Sobre a inclusão de novos colegas no Gt-Mundos do Trabalho, os presentes apresentaram novos nomes: Maria Angélica Zubaran, Helen Osório, Paulo Zarth, René Gertz, Luis Farinatti, Lorena Gill, Karl Monsma, Paulo Moreira. Ficou combinado que a coordenação do Gt, com auxílio dos colegas, irá enviar uma carta-convite. Além disso, ficou estabelecido que o grupo enviará para o e-mail do Gt, contato de outros colegas.

Por fim, foram abordadas mais duas questões da pauta “Assuntos Gerais”: a próxima gestão e o relato do Benito sobre o descarte de documentos no TJ-RS e as ações tomadas pela ANPUH Nacional e ANPUH-RS em prol da preservação deste acervo. Para a próxima gestão foi convidado colega Alisson Droppa, que aceitou prontamente a futura vice-coordenação. Sobre a coordenação, foi pensado na professora Isabel, no entanto, ainda não foi decidido. A reunião acabou aproximadamente às 17hs e 35 min.

Jônatas Marques Caratti
Vice-Coordenador do Gt-Mundos do Trabalho (Anpuh-RS)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

II Seminário Internacional Mundos do Trabalho e VI Jornadas Nacional de História do Trabalho

Estão abertas as inscrições para o 
Envio de propostas: 01/02/2012 –01/04/2012
Prazo final para respostas e envio de cartas de aceite: 01/07/2012
Prazo final para envio dos textos: 01/09/2012
***
Maiores informações em: http://cpdoc.fgv.br/mundosdotrabalho

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

REVISTA MUNDOS DO TRABALHO N.5. V. 3; 2011


Prezad@s,
A nova Mundos do Trabalho (número 5, volume 3 / 2011) acaba de sair do forno, com um dossiê especial sobre "Mundo Urbano e História do trabalho", organizado por Paulo Fontes e Deivison Amaral. Além das já tradicionais seções de artigos, fontes comentadas e resenhas, a revista conta com uma seção dedicada a entrevistas, que estréia com uma entrevista feita por nosso colega Paulo Pinheiro Machado com o historiador catalão Josep Fontana. O sumário da revista encontra-se abaixo.
Para acessar os artigos e itens de interesse, acessem http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/issue/current
Saudações,
Paulo Fontes e Deivison Amaral
Mundo urbano e história do trabalho
Revista Mundos do Trabalho
v. 3, n. 5 (2011)
Sumário
Apresentação
Mundo urbano e história do trabalho
Paulo Fontes, Deivison Amaral 1-5
Dossiê
Espaço, redes e formação de classe
Michael Savage                6-33
A divisão da cidade dos trabalhadores: espaço urbano, imigração e anarquismo no entreguerras. Barcelona, 1914−1936
José Luis Oyón  34-57
De ruas estreitas e outros espaços: as domésticas de Recife e Salvador (1870-1910)
Maciel Henrique Carneiro da Silva           58-85
Industrialização, urbanização e formação de classe em Volta Redonda (1945-1979): do fim do Estado Novo aos tempos da ditadura
Eduardo Ângelo da Silva, Leonardo Ângelo da Silva        86-113
Barreto, “bairro operário”: trabalhadores, política e associativismo em uma comunidade operária fluminense nos anos 1940 e 1950.
Luciana Pucu Wollmann do Amaral         114-135
A Greve de 1980: redes sociais e espaço urbano na mobilização coletiva dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo
Francisco Barbosa de Macedo   136-165
Guarulhos, cidade industrial: aspectos da história e do patrimônio da industrialização num município da Grande São Paulo
Edilene Toledo 166-185
Artigos
Imprensa e mundos do trabalho: a singularidade da imprensa operária no Amazonas (1890-1920)
Luciano Everton Costa Teles      186-212
Qual é o liberalismo da lei Chapelier? Seu significado para os contemporâneos e para a historiografia francesa dos séculos XIX e XX.
João Tristan Vargas        213-232
Clubes recreativos: identidades e conflitos entre os trabalhadores paulistanos (1900-1920)
Uassyr Siqueira                233-244
Legislación y justicia laboral en el “populismo clásico” latinoamericano: Elementos para la construcción de una agenda de investigación comparada
Juan Manuel Palacio      245-265
De la culpa al seguro. La Ley de Accidentes de Trabajo, Argentina (1915-1955)
Karina Inés Ramacciotti                266-284
El anarquismo frente a una coyuntura crítica: movilización popular, violencia y opinión pública en Buenos Aires a fines de la década del ´20
Luciana Anapios               285-306
Entrevistas
Entrevista com o Prof. Dr. Josep Fontana.
Paulo Pinheiro Machado             307-315
Fontes e Arquivos
Justiça do Trabalho e as conquistas dos direitos: o direito de conhecer a história da Justiça do Trabalho
Alisson Droppa 316-320
Resenhas
Os trabalhadores e a cidade
Osvaldo Batista Acioly Maciel    321-326
O jogo da dissimulação
Camillia Cowling               327-329
O trabalho intelectual: entre ação política e projetos de transformação social
Diogo da Silva Roiz          330-333
A tessitura dos direitos
Benito Bisso Schmidt     334-338